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28 de jul. de 2007

Enfim te encontro . . .

Um dia me perguntaram se em Deus eu acreditava.
Eu então respondi da seguinte maneira:

Entre a lua e as estrelas,
num galope, num tropel, pisando nas nuvens brancas,
eu vi passar no céu;
todo dia existe Deus.
Num sorriso de criança, no canto dos passarinhos
num olhar, numa esperança, na harmonia das cores,
na natureza esquecida, na fraca aragem da brisa,
na própria essência da vida, num regato cristalino,
nas ondas lavando as praias, na clara luz do luar
na escuridão do infinito todo ponteado de estrelas,
na amplidão do universo, no simples prazer de vê-las,
nos segredos desta vida, no germinar da semente,
nos movimentos da terra que gira incessantemente,
no orvalho sobre a relva, na passarada que encanta,
no cheiro que vem da terra, e no sol que se levanta,
nas flores que desabrocham perfumando a atmosfera,
nas folhas novas que brotam anunciando a primavera.
Deus é paz, a esperança, o alento do aflito,
é o criador do universo, da luz, do ar, do infinito...
Deus é a justiça perfeita que emana do coração,
ao perdoar que o ofende Ele é o próprio perdão;
será que você não viu o rosto calmo de Deus no colorido mais belo dos olhos do filhos seus?
Eu sei que não me enganei com tudo que lhes dizia.
Deus é a paz, é o amor, Deus é a eterna poesia.
Deus é constante, perene e divinal.
De tal graça que sendo a essência, é o descanso da morte
não há ida sem volta, e nem a volta sem ida
a morte não é a morte, é só a porta da vida.
O ciclo da natureza nesse ir e vir constante.
No broto que se renova, na vida que segue adiante
em que semeia a bondade, em que ajuda o irmão
colhendo a felicidade, cumprindo a sua missão.
No suor de quem trabalha, no calo duro da mão.
No homem que planta o trigo, no trigo que faz o pão.
Você pode sentir Deus pulsar em seu coração.

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